Seção versos subcutâneos: Nós.

Nós.
Nós, claro. Como sempre,
buscando o infinito recôndito.
A fissão nuclear.
O silêncio que reverbera nas paredes.
Nós, sempre buscando
na penumbra
a liquefação dos corpos,
a extensão dos membros, rumo
aos domínios sagrados do prazer.
Nós e nossa busca desordenada.
Perdidos da realidade sem jamais deixá-la.
Dois corpos imiscuídos,
a torção dos torsos.
Nós, fincados à terra
para ressoar nos céus.
Não é que sejamos deuses.
Podemos, mas não precisamos
passar por bichos
ou forças da natureza.
Talvez estejamos loucos,
talvez incorporemos vulcões.
É impossível dizer. Mas
em nossa busca, sabemos
que somos um recorte do Todo.
Deuses, bichos, vulcões
estão em nós e
correm por nossas veias,
de um
a outro.
Às vezes,
por um nosso capricho,
o tempo pára.
Logo, porém, volta a correr
com ímpeto dobrado.
Nossos espíritos, então, retornam.
E voltamos, claro,
Nós, claro. Como sempre,
buscando o infinito recôndito.
A fissão nuclear.
O silêncio que reverbera nas paredes.
Nós, sempre buscando
na penumbra
a liquefação dos corpos,
a extensão dos membros, rumo
aos domínios sagrados do prazer.
Nós e nossa busca desordenada.
Perdidos da realidade sem jamais deixá-la.
Dois corpos imiscuídos,
a torção dos torsos.
Nós, fincados à terra
para ressoar nos céus.
Não é que sejamos deuses.
Podemos, mas não precisamos
passar por bichos
ou forças da natureza.
Talvez estejamos loucos,
talvez incorporemos vulcões.
É impossível dizer. Mas
em nossa busca, sabemos
que somos um recorte do Todo.
Deuses, bichos, vulcões
estão em nós e
correm por nossas veias,
de um
a outro.
Às vezes,
por um nosso capricho,
o tempo pára.
Logo, porém, volta a correr
com ímpeto dobrado.
Nossos espíritos, então, retornam.
E voltamos, claro,
a ser nós.
6 Comments:
Uau. Prum poema que precisava decantar, envelhecer... até que foi rápido! Adorei!
nós atados
nós, entrelaçados
nós compostos(silêncio, cores, sombras, sorrisos...)
o quão nós
,somos a cada dia?
Parabéns, pelo blog, sou a mãe do João Lenjob, ele me pediu para te agradecer pela visita em seu blog, depois ele passára por aqui porque ele está muito atarefado no serviço e nosso provedor está saindo muito do ar a noite.Obrigada, apareça sempre, abraços.
Esse texto é seu? Me fez pensar... Nós... eu, tu, ele, eles...nós. Onde estamos nós??? Cadê a outra parte do meu 'nós'? Continuo pensando.
Então...
Vim para agradecer pela visita e acabei ficando, vasculhando e me deleitando por aqui...rs.
Chega estou vesguinha de tanto ler!
Eu volto... Beijocas.
Muito bom o poema, e a forma como guiou as palavras foi de dar inveja. Não é fácil, afinal, pois poemas são quebra-cabeças.
Fico grato em saber que gostou do meu conto. Não o considero dos melhores, mas talvez seja só perfeccionismo.
Depois passo aqui para ler mais posts. Até...
PS: Os pontinhos brancos, não seria melhor se fossem beges? Para se camuflarem com o fundo do blog. Hehehe!!!
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