Seção versos subcutâneos: Ela
Ela, que se debruça sobre a morte, para
Desenhar um bigode em seu rosto.
Mas quem há de desenhar um bigode
No rosto da morte?
Ela
Chega dizendo adeus,
E nunca parte.
Ela é toda vestido esvoaçante, ela
É feita de tecidos finos e renda, ela
Não fica jamais nua porque já é.
Ela, que oferece o prêmio de seu corpo para
O cavaleiro que depuser as armas.
Mas quem há de tomar em armas
Tendo à vista o seu corpo?
Ela
Chega dizendo adeus,
E nunca parte.
Chega dizendo adeus,
E nunca parte.
6 Comments:
Ela é o tudo disfarçada de nada.
Belo.
Beijo.
Acho que ando muito sensível ultimamente.
hey que lindo, realmente estas pessoas existem e marcam nossa vida com caneta de tinta permanente...
demorei eu sei,
mas voltei :)
Entenda, camarada.. somos apenas objetos! Resta-nos curtir a condição.
parabéns, muito bom!
Gostei!
Se quiser visitar o pintor que ilustra meu blog vá ao sítio português:
www.joaofigueiredo.com
Ele está com exposição em Londres por agora.
Um abraço,
Sílvio
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