Seção Versos subcutâneos: O romance que nos escapa
Decidi que não vou mais deixar textos explicativos antes de poemas. Acontece que me dei conta de que essas explicações servem apenas para direcionar o entendimento do leitor, ou seja: destroçam as possibilidades dos versos. Daqui por diante, portanto, vai seco mesmo:
O romance que nos escapa
A mesa da biblioteca,
no silêncio dos saberes,
deseja ardentemente a carne
apetitosa da poltrona.
Freme, sua, enrubesce
quando sente no tampo um livro
e o leitor que, ajeitando o assento,
A mesa da biblioteca,
no silêncio dos saberes,
deseja ardentemente a carne
apetitosa da poltrona.
Freme, sua, enrubesce
quando sente no tampo um livro
e o leitor que, ajeitando o assento,
dela aproxima seu grande amor.
2 Comments:
Oi,
Grata pela visita a meu blog.
Concordo com o que você diz a respeito de explicar antes de postar uma poesia. Mas penso que contextualizações muito particulares podem, eventualmente, ser esclarecidas.
"O romance que nos escapa" é maravilhoso. Tenho uma paixão goethiana pela literatura, a biblioteca é uma cama para mim; os livros, a companhia mais íntima.
Um abraço franco
AP
Genial poema! Obrigado pelo comentário simpático que deixou no meu blog (Literatura & Rio de Janeiro). Volte sempre!!!
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