30.7.06

Seção Versos Subcutâneos: Poema Vegetal

Poema vegetal

As palavras me brotam das pernas.
Mais eu piso nesse território,
Na poeira da cada uma das vidas,
Mais frutifica essa vaga poesia.

Começo a achar que o meu poema
É um trabalho de planta
Que suga os fluidos da terra
E toma sua força do vento.

Corro do poema como do espelho.
Vejo que sou homem, não que sou verde!
O poema, porém, corre nos membros
E todo passo o multiplica.

10 Comments:

Blogger Anna D'Castro... said...

OI PAULO, lindo poema, belíssimo jogo de palavras:
"As palavras brotam-me das pernas"...
"Corro do poema como do espelho"...
Adoro suas imagens poéticas. Meus parabéns.
Um beijo e visite-me sempre que quiser, me dará muito prazer.
Anna

08:20  
Anonymous Anônimo said...

Vc me surpreende a cada dia!
Parabéns! Sempre sou recompensada com as visitas que te faço aqui.
Um beijo!

16:15  
Blogger Alexandra said...

Obrigado pela passagem e palavras deixadas no meu espaço, embora não se lembre da indicação que me poderia dar quanto à colectânea... mas, vejo que por aqui também se fala e bem. O seu poema, para além de bom, é original. Foi uma surpresa!

Surpresa outra foi ter encontrado "meio cor-de-burro-quando-foge", em meio brasileiro, pois é um "calão" muito usado em Portugal.Será que deixamos esse palavreado por aí? ;)

Tudo de bom para si!

17:03  
Blogger Alexandra said...

Peço desculpa, mas voltei.
Deixei comentário em "Da ausência de amor próprio".

Até...

17:16  
Blogger DE-PROPOSITO said...

Obrigado pela visita. e andei por aqui.
Fica bem.
Manuel

17:28  
Blogger Bela said...

OI, Paulo!
primeiro, obrigada pela defesa do meu caleidoscópica! hahaha
Ainda tô matutando, depois eu comunico o resultado.
depois, que lindo o seu poema! Eu sinto que as palavras me tomam de assalto, não sei bem onde brotam... só sei que tb sinto que elas são mesmo incômodas, por vezes, como o meu espelho!
Mas muitas vezes saem como um desabafo, um choro incotinente, são um alívio!
beijo pr'ocê

03:07  
Blogger Sea said...

As palavras também precisam de ser regadas, como as plantas, para crescerem.
Obrigada pela visita.

10:41  
Anonymous Anônimo said...

, teu ofício de poeta é semelhante ao agricultor. ele trabalha a terra, você trabalha o texto...

|abraços meus|

13:15  
Anonymous Anônimo said...

Percebeu que cheguei e fiquei né. Parabéns!... continuo por aqui, conhecendo um pouco mais

20:01  
Blogger Ler nos Remendos said...

Um orgasmo poético seria o mínimo depois de lidas as tais imagens que se formam em nossas retinas advindas de suas palavras. Belíssimo poema!

01:47  

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