Seção Versos Subcutâneos: Poema Vegetal

As palavras me brotam das pernas.
Mais eu piso nesse território,
Na poeira da cada uma das vidas,
Mais frutifica essa vaga poesia.
Começo a achar que o meu poema
É um trabalho de planta
Que suga os fluidos da terra
E toma sua força do vento.
Corro do poema como do espelho.
Vejo que sou homem, não que sou verde!
O poema, porém, corre nos membros
E todo passo o multiplica.
10 Comments:
OI PAULO, lindo poema, belíssimo jogo de palavras:
"As palavras brotam-me das pernas"...
"Corro do poema como do espelho"...
Adoro suas imagens poéticas. Meus parabéns.
Um beijo e visite-me sempre que quiser, me dará muito prazer.
Anna
Vc me surpreende a cada dia!
Parabéns! Sempre sou recompensada com as visitas que te faço aqui.
Um beijo!
Obrigado pela passagem e palavras deixadas no meu espaço, embora não se lembre da indicação que me poderia dar quanto à colectânea... mas, vejo que por aqui também se fala e bem. O seu poema, para além de bom, é original. Foi uma surpresa!
Surpresa outra foi ter encontrado "meio cor-de-burro-quando-foge", em meio brasileiro, pois é um "calão" muito usado em Portugal.Será que deixamos esse palavreado por aí? ;)
Tudo de bom para si!
Peço desculpa, mas voltei.
Deixei comentário em "Da ausência de amor próprio".
Até...
Obrigado pela visita. e andei por aqui.
Fica bem.
Manuel
OI, Paulo!
primeiro, obrigada pela defesa do meu caleidoscópica! hahaha
Ainda tô matutando, depois eu comunico o resultado.
depois, que lindo o seu poema! Eu sinto que as palavras me tomam de assalto, não sei bem onde brotam... só sei que tb sinto que elas são mesmo incômodas, por vezes, como o meu espelho!
Mas muitas vezes saem como um desabafo, um choro incotinente, são um alívio!
beijo pr'ocê
As palavras também precisam de ser regadas, como as plantas, para crescerem.
Obrigada pela visita.
, teu ofício de poeta é semelhante ao agricultor. ele trabalha a terra, você trabalha o texto...
|abraços meus|
Percebeu que cheguei e fiquei né. Parabéns!... continuo por aqui, conhecendo um pouco mais
Um orgasmo poético seria o mínimo depois de lidas as tais imagens que se formam em nossas retinas advindas de suas palavras. Belíssimo poema!
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