13.6.06

Seção Versos subcutâneos: Amemo-nos

Estou me especializando em tomar puxões de orelha. Recebi uma reclamação que vale por mil, apontando que passei batido pelo 12 de junho, Dia nos Namorados. Tempo de tirar a carteira do bolso e declarar com bens o amor que no resto do ano você declara com beijos, abraços, palavras e atitudes. Pois vá lá. Eis um soneto que pode se encaixar na data, pelo menos no que ela ainda tem de belo:

Amemo-nos

Libido, o convite lascivo pleno
Vinho tinto, música, apartamento
Tomar e deixar, bel divertimento
Não, bem mais obscuro, bem mais obsceno...

O degustar, parco prazer ameno
De escorrer – sorver como desatento,
Como sangue ao sangue, um assalto lento:
Rugidos que aos suspiros concateno.

Depois te banhas, pois que no fragor
Da batalha corpo e alma consomes:
Joelhos e cotovelos se arrastam

E arranham: sim, ao prazer o amor
Não se furta em responder por seus nomes:
Explodem os corpos que se desatam.

5 Comments:

Blogger Menina Marota said...

Não é necessário nada mais, para fazer uma Mulher feliz, no Dia dos namorados.

Este soneto, junto a uma flor colhida num campo orvalhado...
Perfeito!

Deixo um abraço e que todos os dias são Dia dos Namorados... ;)

23:46  
Blogger Luana said...

Lindo!

Beijos!
:)

01:32  
Blogger Edilson Pantoja said...

Taí, ficou muito bom, o que significa que um esquecimento nem sempre quer dizer mais do que simples falha de memória, né não? abraços e obrigado pela visita e comentário no albergue!

02:43  
Blogger Fugu said...

Cheguei até aqui seguindo links e ganchos a partir de comentários seus deixados no NoMínimo. Gosto de lá, mas nem sempre tenho tempo para participar das discussões. Mas o que importa é que achei tua bela página - e esses poemas!

17:46  
Anonymous Anônimo said...

A namorada, comovida, agradece.

21:13  

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