Seção versos subcutâneos
Um poema que desmancha à medida em que se entrega à correnteza.
O Rio
Você se debruça pelas frestas das pedras. Lacrimeja a garganta, enquanto o vento sopra na nuca. Sorria. Sorva o tempo. Frua a vida. Isso é possível. Mas não é possível segurar os cristais, nem festejar as fadas.
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O rio
O rio
Você se debruça pelas frestas das pedras.
Lacrimeja a garganta, enquanto
o vento sopra na nuca.
Sorria. Sorva o tempo. Frua a vida.
Isso é possível.
Mas não é possível segurar os cristais
nem festejar as fadas.
o rio
você se
debruça
pelas
frestas
das pedras
lacrimeja
a garganta
enquanto
o vento
sopra
na nuca
sorria
sorva
o tempo
frua a
vida
isso
é possível
mas
não é
possível
segurar
os cristais
nem festejar
as fadas
debruça
pelas
frestas
das pedras
lacrimeja
a garganta
enquanto
o vento
sopra
na nuca
sorria
sorva
o tempo
frua a
vida
isso
é possível
mas
não é
possível
segurar
os cristais
nem festejar
as fadas
4 Comments:
Esse eu posso ler sem olhar, olhar sem ler, mas prefiri ler E olhar. Em resumo? Adorei! Parabéns!!!
Oi, Paulo!
Foi um REZARP (como seu "osrevni")
receber sua visita e, mais ainda vir aqui e encontrar seus textos.
Noto que temos muito em comum: Já apanhei muito do HTML (melhorei!); pelo visto, você também gosta das palavras e, salvo engano, você gosta da França ( o "Francês" é minha segunda língua).
Bela poesia! "não é possível segurar os cristais, nem festejar as fadas." Quando criança, eu queria segurar as estrelas!!!!
Rio Sena?
Volte sempre.
Atenciosamente,
Bisbilhoteira.
Como você vê, ainda "apanho" com esse aparelho! Note os espaços que ficaram e a falta de vírgulas (que eu poderia ter corrigido antes de publicar) no comentário anterior.
ABRAÇOS,
Bisbilhoteira.
PS.: Prometo que, se ainda persistir algum erro, NÃO VOLTAREI!
Instigante... Fiquei pensando sobre as formas diferentes do poema e resolvi voltar pra deixar registrado. Bonito...
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